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Pesquisa revela que metade dos jovens entre 15 e 29 anos querem sair do Brasil.

Pesquisa revela que metade dos jovens entre 15 e 29 anos querem sair do Brasil.

Conforme a pesquisa realizada pela Atlas das Juventudes47% dos 50 milhões de jovens brasileiros nessa faixa etária estariam dispostos a sair do país.

O dado é o resultado da pesquisa realizada com jovens que foram entrevistados nos primeiros meses de 2021. Os resultados obtidos ainda foram cruzados com estudos feitos pela FGV Social e pelo IBGE.

Saiba quais são as razões que estão motivando os nossos jovens a buscar novas oportunidades fora do Brasil.

Falta de perspectiva profissional e financeira para os próximos anos.

  • Falta de perspectiva profissional e financeira para os próximos anos.
  • Diminuição de renda causada pela pandemia do coronavírus.
  • Aumento da desocupação entre os jovens que hoje chega a 56,3%.
  • Falta de oportunidades. 
  • Aumento da desigualdade social brasileira.
  • Aumento da violência e sensação de insegurança.   
  • Percepção de um Brasil cada vez mais pobre.
  • Insatisfação com gerencialmente do país. 

Analisando o índice de Gini, que mede o padrão de desigualdade, entre os jovens de 15 a 29 anos, a desigualdade cresceu 3,8% enquanto para o restante da população, o índice é de 2,7%.

Segundo a pesquisa, mais da metade dos jovens (51,9%) enxerga o Brasil como um país pobre, e essa percepção tem aumentado nos últimos anos.

Entretanto, segundo a coordenadora do Atlas da Juventude, Mariana Resegue, as dificuldades enfrentadas pelos jovens brasileiros vêm mudando a visão dos nossos jovens e isso pode indicar uma mudança muito positiva.

Consciência da atual realidade do Brasil e a consequente mudança de visão dos jovens. alizamos a melhor entidade diariamente, faça já a sua simulação!

“Se os dados revelam enorme frustração com um país que não cresce, eles mostram também que os jovens estão despertando para a realidade atual”.

Sem dúvida nenhuma, um dos pontos mais positivos das mudanças que vem acorrendo com os jovens brasileiros é a importância de se haver uma consciência social e política.

Saiba o que são os jovens “nem-nem”

Um outro dado alarmante que revela a pesquisa, é a parcela da população jovem (27,1%) que não desempenha nenhuma atividade, ou seja, não trabalha e não estuda.

Estes jovens, que se encontram sem perspectiva de trabalho ou de estudo, têm sido chamados de “nem-nem”.

Por este motivo, é de estrema importância que os jovens tenham meios de canalizar a frustração para transformá-la em ação e mudança.

A busca por oportunidades fora do Brasil 

Com a falta de perspectiva a curto prazo no Brasil, a busca por oportunidades no exterior tem sido cada vez maior. 

Atualmente, as destinações mais procuradas são pelos Estados Unidos e Europa, mais precisamente por Portugal e Itália, principalmente pela possibilidade de se ter reconhecida uma das duas cidadanias europeias, uma vez que 15% da população brasileira possui um descendente destes dois países.

A influência da pandemia do coronavírus

A pandemia do Coronavírus foi responsável por piorar uma situação que já existia, tanto em relação ao mercado de trabalho, como em relação ao afastamento da sala de aula.

As dificuldades para a implementação da educação online e do assim chamado smartwork  ficaram mais evidentes em um país como o Brasil, em que há muita desigualdade.

Os jovens que não têm acesso fácil à internet, por exemplo, ficaram ainda em maior desvantagem para poder avançar os estudos. E o mesmo acontece com jovens em idade de trabalho, que ficaram mais distantes das oportunidades de trabalho.

Aumento da desigualdade e consequente falta de oportunidades

Segundo a pesquisadora Laura Machado, é preciso pensar em soluções, que podem passar por acordos com empresas a fim de reforçar a educação dos trabalhadores mais jovens.

Sobre a desigualdade e consequente falta de oportunidades em razão da pandemia, ela explica:

“Além do aumento da desigualdade devido às oportunidades diferentes de aprendizado entre ricos e pobres na pandemia, os 3,5 milhões de jovens que saem do ensino médio todo ano estarão, desta vez, menos preparados para o mercado”.

Na mesma entrevista, o economista Naercio Menezes esclareceu que se não forem implementadas políticas públicas relacionadas ao mercado de trabalho, os jovens que possuem menos qualificação estarão destinados a um futuro pouco promissor.

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